Moraes está incomodado com o Ministro da Defesa de Lula!
Matéria sobre o descontentamento de Alexandre de Moraes com o atual Ministro da defesa José mucio.
O ministro Alexandre de Moraes tem criticado diretamente o Ministro da defesa José Múcio Monteiro Filho, por acreditar que ele esteja abrindo mão de suas funções, e terceirizando para ele, Alexandre de Moraes, atribuições do Executivo em relação às Forças Armadas. O tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, conhecido como “coronel Cid”, e antigo ajudante de ordens do Presidente Jair Messias Bolsonaro, havia sido indicado em maio passado para assumir a chefia do Batalhão de Ações e Comandos de Goiânia, mas seu nome encontrava forte resistência de integrantes do Supremo Tribunal. Alexandre de Moraes também demonstrou incômodo com a hipótese, discutida reservadamente na sexta-feira 20, de que deveria partir dele uma espécie de atestado confirmando que Cid era, sim, alvo de um inquérito que investiga a participação do Presidente Jair Bolsonaro, e de auxiliares próximos, como o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, no endosso às fake news que afirmam que as urnas eletrônicas e as eleições brasileiras não são seguras.
Para Alexandre, deveria partir do ministro José Múcio, e não dele, a reunião de elementos e a decisão política de impedir que o militar ligado ao ex-presidente assumisse um cargo tão estratégico para o Exército. Na caserna há o sentimento de que o magistrado do STF representa a “senha da indignação” dos militares em relação ao Judiciário, já que Moraes conduz processos sensíveis ao ex-presidente e recentemente determinou a prisão de mais de 1.500 pessoas que se aglomeravam em acampamentos diante de quartéis generais em protesto contra supostas fraudes eleitorais.
Conhecido pelo perfil conciliador, José Múcio já havia recorrido a Alexandre no final do ano passado para explicar a indicação do nome de Júlio César Arruda como comandante do Exército e se responsabilizar pela escolha do general. O general Arruda acabou sendo substituído 22 dias depois de assumir o posto, exatamente por resistir a cumprir uma ordem vinda de cima, a de defenestrar o bolsonarista Mauro Cid da chefia do batalhão de Goiânia.
