O desemprego recuou em 2022 durante governo de Jair Bolsonaro.

O resultado nos índices de desemprego do mercado de trabalho brasileiro em 2022 ficou completo com a divulgação, pelo IBGE, dos dados relativos ao ano passado.

Mesmo com o fechamento de 431 mil vagas com carteira assinada em dezembro de 2022, a taxa de desemprego no trimestre móvel de outubro a dezembro ficou em 7,9%, com redução de 0,2 pontos porcentual em relação ao trimestre móvel imediatamente anterior, de setembro a novembro. Com isso, a taxa média de desemprego para o ano foi de 9,3%, a menor desde 2015, demonstrando que, ao menos em termos numéricos, o estrago causado pela pandemia foi totalmente recuperado.

Claro que os números apresentados confirmaram o bom desempenho do mercado de trabalho, que nem bem saiu de um período pandêmico nos dois anos anteriores, já começou o ano enfrentando consequências negativas do conflito armado no leste europeu entre Rússia e Ucrânia, mas sem novas e melhores políticas públicas para a criação de postos de trabalho a partir de agora em um novo governo, não será possível levar o Brasil a patamares mais próximos do pleno emprego, mas essa não parece ser a prioridade de um governo obcecado em “rever” a reforma trabalhista.

Ainda assim, ninguém haverá de negar que, com 2 milhões de postos de emprego formal criados no ano passado, segundo o Caged, e uma queda de 3,2 pontos porcentuais no desemprego, segundo o IBGE, o governo Lula recebeu uma “herança bendita” de seu antecessor, Jair Bolsonaro.