SALVE AS DIFERENÇAS!
Texto sobre as diferenças que sempre existiram, porém tratadas de formas diferentes entre os dias de hoje, e no passado.
A grande arte é conviver em sociedade!

Fala-se muito sobre as diferenças, e tudo se resume na intolerância, como se ela também nunca houvera acontecido. Desde que o mundo é mundo a discórdia faz parte de nossas vidas, e Abel e Caim foi o primeiro grande fato destas diferenças que culminou em um crime. Havia porém, algo que se fazia diferente antigamente, que era o respeito ao pensamento alheio, pois o que era mais importante entre o certo e errado, era o aceitar que todos tinham direito a uma opinião.
A vida andou e o homem começou a perceber que o aceitar é muito sem graça, pois foge às características naturais ao debate, o que sugere provar por A ou mais B, que tal opinião tem que prevalecer sobre outra. Mas e se não for a minha, como fica?
O que mudou na realidade, não foi o reconhecer no outro, a verdade, mas sim o não querer sair perdedor, mesmo depois de convencido do contrário.
Talvez isto explique um pouco (no meu entender é claro) a compreender melhor o porque da tendência do homem, em se colocar como vítima todas as vezes que se sente contrariado, e isto se tornou então uma febre nítida dos perdedores.
Este é o nosso tempo, e que por mais claro que fique, não justifica a reação criminosa de pessoas que encontram no revanchismo, uma forma definitiva de fincar sua verdade, sem chances ao contraditório dos que se ferem. Isto sem contar ao extremo de um ataque terrorista por exemplo.
É assim que se estabelece uma sociedade claramente dividida entre nós e eles, entre ricos e pobres, homos e heteros, e até mesmo os conservadores dos liberais. Não somos mais uma mesma classe de pessoas que convivem em harmonia na sociedade, mas sim pessoas perseguindo o contraditório para pautar suas teorias.
Se este é o caminho que o homem realmente encontrou de firmar suas verdades, que aceitemos então as nossas verdades como derrotas, para assim pacificar ao próximo, e talvez consigamos com isto, enxergar nos olhos das pessoas o ego dos vitoriosos, mesmo que sem sentido.
Se minha vitória depende de sentir prazer na derrota alheia, quero ser eternamente um derrotado, mesmo com as verdades que só interessam a mim.
Paulo Alves