04/01/2023

Desde 2010 os chineses estão comprando a Bahia!

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Matéria mostrando que a muito tempo os chineses estão adquirirndo áreas importantes da Bahia, para a criação de uma cidade inteligente chinesa.

Não é de hoje que os chineses estão se instalando no estado da Bahia, principalmente em sua capital Salvador. A migração chinesa para a cidade de Salvador, Bahia, Brasil é recente e vem se intensificando nas últimas décadas. Apesar de apresentar algumas características de cidades chinesas, o aglomerado chinês na capital baiana apresenta um novo formato, pois eles foram se espalhando em zonas urbanas, onde vivem e trabalham. Mas parece que esta adaptação à vida baiana parece pouco para os asiáticos chineses, e agora eles querem mais, muito mais.

Segundo a Revista Isto é Dinheiro de 25/09/21, postagens em redes sociais mostraram  a informação de que o governo da Bahia teria vendido 10% do território do estado para grupos chineses, onde estes iriam construir uma “cidade inteligente”. Segundo as postagens, o Supremo Tribunal Federal (STF) já teria autorizado o desmatamento da área para início do projeto.

De acordo com as publicações, “será uma cidade com edifícios de até 30 andares em um ambiente em que o esgoto é 100% coletado e tratado” e “a energia será eólica e solar”.

A cidade inteligente seria construída no município de Jaguaripe, que fica a 239 km da capital baiana, Salvador. O projeto estaria relacionado à construção de uma ponte que deve ligar Salvador à ilha de Itaparica, facilitando também o acesso a Jaguaripe, que fica próximo de Itaparica.

Consultada, a Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) confirmou que existe o projeto de uma ligação rodoviária entre Salvador e Itaparica, que inclui a ponte. O contrato de concessão do projeto foi assinado em 2020, com um grupo de empresas chinesas com valor de investimento de sete bilhões de reais.

Sobre o projeto de uma cidade inteligente, construída pelos chineses, a Secretaria de Planejamento da Bahia (Seplan) afirmou que existem estudos técnicos sendo realizados para o desenvolvimento de uma cidade inteligente. Mas nega que já tenham sido definidos os investidores do projeto. Portanto, nega a participação chinesa. Segundo o governo da Bahia, os terrenos citados nem são de propriedade do Estado.

Já a Prefeitura de Jaguaribe, que seria a sede da “cidade inteligente”, informou que o município não tem controle sobre as terras compradas, porém uma cidade inteligente faz parte dos planos do atual prefeito, Heráclito Arandas (PSD), para incentivar o crescimento local. Mas ainda não há nenhum projeto em andamento.

Ao contrário das postagens, algumas notas na imprensa baiana afirmam que as terras vendidas aos chineses pertenceriam ao banqueiro Daniel Dantas. Em nota ao MonitoR7, a assessoria do Banco Opportunity, fundado por Dantas, afirma que a informação não procede:  “As terras pertencentes ao Opportunity na Bahia não estão à venda e não foram vendidas a investidores chineses”.

Portanto, são verdadeiras as informações de que há projetos para desenvolvimento de uma cidade inteligente naquela região da Bahia, confirmados pelo Governo do Estado e pela Prefeitura de Jaguaripe. Mas os projetos estão em fase inicial e não tem participação chinesa. E se estão em fase inicial, é falsa também a informação de que o STF teria autorizado o desmatamento da área.

Empresas chinesas, no entanto, são responsáveis por um projeto de infraestrutura que pode viabilizar a cidade inteligente no futuro, ao ligar a região à capital do Estado, por rodovia, incluindo uma ponte. Um projeto de R$ 7 bilhões.

Certo ou errado, verdade ou mentira, outro fato que também assusta, mais é oficial, está no site da Prefeitura Municipal de Ruy Barbosa, que mostrava em 22/03/2011 que o governo da Bahia conseguiu convencer os chineses da Chong Qing Grain Group anunciar que começaria a colocar em prática um projeto de R$ 4 bilhões voltados ao agronegócio do oeste do Estado. O presidente da companhia chinesa, Hu Junlie, reuniu-se naquele dia em Salvador, com o então secretário de agricultura do Estado, Eduardo Salles, para anunciar o plano, que previa a construção de um complexo industrial para o processamento de soja em Barreiras, uma processadora de fertilizantes e um sistema de armazenagem e logística de grãos.

As obras da primeira fase do projeto, que envolvia a construção da esmagadora de soja, deveria ter início no mês de maio do mesmo ano, logo depois de assinado o protocolo de intenções durante a reunião dos Brics que aconteceu em abril, na China.

“Esse é um momento importante para a Bahia, disse Salles ao Valor Econômico. O então governador da Bahia naquele momento, Jaques Wagner assinaria o protocolo em Pequim, o que permitia que o grupo chinês já tivesse acesso ao programa de incentivos fiscais do Estado e também de importações dos equipamentos necessários”.

A chegada de mais uma empresa na região foi vista com bons olhos pelos produtores. Para o agricultor Clóvis Ceolin, que cultivou naquela safra 700 hectares de soja em São Desidério a 25 quilômetros ao sul de Barreiras, a empresa chinesa poderia beneficiar toda a região, gerando empregos e valorizando a produção local.

“É um projeto bem-vindo porque acirra a concorrência, o que tende a elevar os preços pagos aos produtores”, afirma Ceolin. Segundo o produtor, as negociações com os chineses não eram recentes. Ele diz que participou de uma das missões do governo da Bahia à China, no ano anterior, e que desde então já se falava nesse projeto industrial.

Na avaliação do secretário de agricultura do Estado da época, a decisão do grupo chinês instalar um complexo industrial na região começava a mudar a ideia que a China estava interessada apenas em adquirir terras para produção. “Em todas as visitas que fizemos à China, sempre nos falavam da importância que o governo do país dava para a regularidade no fornecimento. E nossa resposta era para que eles fizessem a indústria e também tivessem uma produção própria para garantir essa autonomia da fábrica”, afirmou Eduardo Salles. Não é de hoje que os chineses olham para a Bahia. Em maio do ano de 2010, o governo do Estado assinou com o grupo Pallas, um protocolo de intenções. A ideia era adquirir entre 200 mil e 250 mil hectares para produção de grãos e atuação em bioenergia.

FONTE: Isto é Dinheiro – https://www.istoedinheiro.com.br/chineses-teriam-comprado-10-da-bahia-para-construir-cidade-inteligente-governo-nega/

AIBR.Org

http://www.ruybarbosa.ba.gov.br/detalhes-noticias?codNoticia=62

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